Acredito ser impossível respondermos quem somos porque somos uma infinitude de várias coisas diferentes que às vezes fazem sentido e às vezes não. Existem tantas áreas de conhecimento dedicadas a responder justamente essa pergunta e cada uma delas vai oferecer uma perspectiva diferente, todas extremamente válidas, especialmente se não as aceitarmos como respostas e sim como pontos de vista.
Na astrologia, partimos do princípio de que tudo está conectado e nós somos tão parte do universo quanto o universo é parte de nós. O tempo passa e cada segundo é único, e nós, quando nascemos, nos tornamos momentos únicos que continuam acontecendo e se desenvolvendo em meio a tantos outros momentos tão únicos quanto nós.
Ao longo da vida vamos mudando, melhorando aqui, piorando ali, aprendendo, crescendo e caminhando em constante movimento, mas se pararmos para prestar atenção vamos perceber que certas características sempre ficam, mesmo que de cara nova. Quando conseguimos encontrar esses pontos de convergência dentro de nós conseguimos entender melhor o que nos faz ser exatamente quem somos, quais são as características que são tão nossas que não importa onde estivermos, elas estarão ali. O mapa natal é exatamente isso. É o estudo da essência do momento que nos compõe e que nós, enquanto vivemos, usamos como base para continuar compondo em cima.
Entendendo as características da estação que estamos, conseguimos plantar as frutas certas e ter colheitas mais fartas. Nós, pessoas, somos como frutas que nascem em certas condições climáticas e, se respeitarmos essas condições na melhor das nossas capacidades, conseguimos nós também crescer com cores mais vivas e sabores mais intensos.
Uma maçã não é uma amora, nem uma laranja e muito menos uma melancia. Não faz sentido querer que ela seja nada mais do que uma maçã porque se a maçã não for maçã não vai existir maçã no mundo. Nem todo mundo precisa gostar, mas precisam existir maçãs porque tem hora que só maçã serve.
Não cabe à mim -e nem ninguém- falar quem você é, mas posso te mostrar o que eu estudei sobre as condições que compunham o mesmo momento do qual você veio, e isso, se tudo der certo, vai te ajudar a se perceber sob uma nova ótica e entender que só você pode ser quem você é e que é sua função ser a melhor versão de você que você puder ser porque o mundo precisa de você sendo exatamente quem você nasceu para ser. Ufa, agora pode respirar.
Cada mapa é um mapa e é impossível esgotar tudo o que ele tem para dizer porque cada pessoa é uma pessoa e é impossível esgotar tudo o que se sabe sobre ela. Precisamos ter interesse em nos conhecermos porque somos absolutamente interessantes. Existe todo um mundo dentro de nós que merece ser explorado com cuidado e atenção. Existe todo um mundo dentro de nós que precisa de constante manutenção para funcionar. Existe todo um mundo incrível aí dentro, olhe para ele, ele é seu!
Eu, sendo a fruta Mari que sou, sou a maior fã da palavra “depende” de tal jeito que me dói quase que fisicamente tentar resumir ou generalizar conceitos tão amplos que por si só são universos inteiros. Ao longo das próximas semanas, vou escrever aqui falando sobre cada elemento que compõe um mapa natal, mas desse jeitinho aqui que é o meu jeitinho só meu de explicar, ou seja, vou usar o meu próprio mapa como exemplo para que talvez as minhas percepções sobre mim te ajudem a perceber com os seus próprios olhos o seu próprio mapa.
Por hoje é só!
Lembre de beber bastante água e de se conhecer com carinho.
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